Ingestão de proteínas por tipo de atividade física
A necessidade
diária recomendada da ingestão de proteínas para os indivíduos
sedentários é de 0,8g/kg de peso corporal por dia. Com essa ingestão, a
maioria dos indivíduos normais estaria excluído de apresentar qualquer
tipo de deficiência de proteínas, desde que seguindo uma dieta
balanceada. Porém, essa revisão feita em 1989, negligenciou,
incidentalmente, a maior necessidade de proteínas apresentada por
atletas. Talvez isso tenha ocorrido, em parte, devido à inabilidade dos
pesquisadores em controlar as variáveis que influenciam o maior
requerimento de proteínas como o tipo de exercício, a freqüência
semanal, a duração e intensidade do esforço, assim como o tipo, a
quantidade e o tempo de ingestão dos nutrientes (principalmente
proteínas e carboidratos).
Assim
sendo, a ingestão recomendada de proteínas para atletas de endurance
gira em torno de 1,1 a 1,4 g/kg por dia, ou seja, aproximadamente 38 a
75% acima da RDA. Para o exercício aeróbio moderado (até 70% do VO2 máx) é descrito, na literatura, uma necessidade protéica diária igual ao recomendado para as populações sedentárias.
Existem
grandes evidências de que a atual recomendação de proteínas da RDA irá
limitar o aumento da massa muscular dos indivíduos engajados em
exercícios físicos de resistência. Sendo assim, a ingestão protéica
considerada ótima para essa população, segundo alguns pesquisadores,
está em torno de 1,5 a 1,8 g/kg por dia, aproximadamente 88 a 125% acima
da RDA.
No
geral, é recomendada a ingestão de 2 g até 2,5 g/kg de proteína por dia
para atletas engajados em exercícios de força. Essa recomendação
atende, em parte, a necessidade da maioria desses atletas, e deve vir
acompanhada com a ingestão de uma dieta equilibrada, contendo
quantidades adequadas principalmente de carboidratos.
No
fisiculturismo, chega-se a ingerir de 3 a 4 g/kg de proteína por dia
devido a favorecer e sustentar o crescimento com, inclusive, o uso de
farmacológicos que aumentam a síntese protéica.
Ligação Peptídica e Cadeia Peptídica
Nas
proteínas, os aminoácidos estão unidos em longas cadeias por meio de
ligações peptídicas. Ocorre uma reação química nessa ligação onde o
nitrogênio do radical amino de um aminoácido liga-se ao carbono do
radical carboxila do outro aminoácido. Ocorre a liberação de um íon
hidrogênio do radical amino, enquanto um íon hidroxila é liberado do
radical carboxila; esses dois íons combinam-se para formar uma molécula
de água. Uma vez formada a ligação peptídica, a nova molécula maior
ainda apresenta, em suas extremidades opostas, um radical amino e um
radical carboxila. Cada um desses radicais é capaz de se combinar com
outros aminoácidos para formar uma cadeia peptídica. Algumas moléculas
complexas de proteínas têm vários milhares de aminoácidos combinados
entre si por ligações peptídicas, e, até mesmo as menores moléculas de
proteínas têm mais de 20 aminoácidos unidos entre si por ligações
peptídicas. A média é de cerca de 400 aminoácidos.
Algumas
moléculas são constituídas por várias cadeias peptídicas em lugar de
uma só cadeia; por sua vez, essas cadeias ligam-se umas às outras por
meio de outras ligações, freqüentemente por pontes de hidrogênio entre
os radicais CO e NH dos peptídios.
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