quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ingestão de proteínas por tipo de atividade física

A necessidade diária recomendada da ingestão de proteínas para os indivíduos sedentários é de 0,8g/kg de peso corporal por dia. Com essa ingestão, a maioria dos indivíduos normais estaria excluído de apresentar qualquer tipo de deficiência de proteínas, desde que seguindo uma dieta balanceada. Porém, essa revisão feita em 1989, negligenciou, incidentalmente, a maior necessidade de proteínas apresentada por atletas. Talvez isso tenha ocorrido, em parte, devido à inabilidade dos pesquisadores em controlar as variáveis que influenciam o maior requerimento de proteínas como o tipo de exercício, a freqüência semanal, a duração e intensidade do esforço, assim como o tipo, a quantidade e o tempo de ingestão dos nutrientes (principalmente proteínas e carboidratos).
Assim sendo, a ingestão recomendada de proteínas para atletas de endurance gira em torno de 1,1 a 1,4 g/kg por dia, ou seja, aproximadamente 38 a 75% acima da RDA. Para o exercício aeróbio moderado (até 70% do VO2 máx) é descrito, na literatura, uma necessidade protéica diária igual ao recomendado para as populações sedentárias.
Existem grandes evidências de que a atual recomendação de proteínas da RDA irá limitar o aumento da massa muscular dos indivíduos engajados em exercícios físicos de resistência. Sendo assim, a ingestão protéica considerada ótima para essa população, segundo alguns pesquisadores, está em torno de 1,5 a 1,8 g/kg por dia, aproximadamente 88 a 125% acima da RDA.
No geral, é recomendada a ingestão de 2 g até 2,5 g/kg de proteína por dia para atletas engajados em exercícios de força. Essa recomendação atende, em parte, a necessidade da maioria desses atletas, e deve vir acompanhada com a ingestão de uma dieta equilibrada, contendo quantidades adequadas principalmente de carboidratos.
No fisiculturismo, chega-se a ingerir de 3 a 4 g/kg de proteína por dia devido a favorecer e sustentar o crescimento com, inclusive, o uso de farmacológicos que aumentam a síntese protéica.
Ligação Peptídica e Cadeia Peptídica

Esquema de uma ligação peptídica



Nas proteínas, os aminoácidos estão unidos em longas cadeias por meio de ligações peptídicas. Ocorre uma reação química nessa ligação onde o nitrogênio do radical amino de um aminoácido liga-se ao carbono do radical carboxila do outro aminoácido. Ocorre a liberação de um íon hidrogênio do radical amino, enquanto um íon hidroxila é liberado do radical carboxila; esses dois íons combinam-se para formar uma molécula de água. Uma vez formada a ligação peptídica, a nova molécula maior ainda apresenta, em suas extremidades opostas, um radical amino e um radical carboxila. Cada um desses radicais é capaz de se combinar com outros aminoácidos para formar uma cadeia peptídica. Algumas moléculas complexas de proteínas têm vários milhares de aminoácidos combinados entre si por ligações peptídicas, e, até mesmo as menores moléculas de proteínas têm mais de 20 aminoácidos unidos entre si por ligações peptídicas. A média é de cerca de 400 aminoácidos.
Algumas moléculas são constituídas por várias cadeias peptídicas em lugar de uma só cadeia; por sua vez, essas cadeias ligam-se umas às outras por meio de outras ligações, freqüentemente por pontes de hidrogênio entre os radicais CO e NH dos peptídios.

Postagem Aluna
Wykely Lucena



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